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livrosquesãoamigos

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29 Jan, 2019

Os preferidos

Os preferidos (pelo menos de alguém)

 

Num blog, alguém pedia sugestões de leitura para este ano, tendo em mente a meta de ler um por mês. Claro que comecei logo a divagar e respondi ao blog em questão com nomes de alguns dos meus autores preferidos. Mas para mim isso não chega e deu-me logo vontade de escrever de minha justiça, e de esmiuçar quais os livros que aconselharia e que fazem parte daqueles livros que salvaria em caso de incêndio. Como achei a coisa muito extensa para responder directamente à interessada, vou deixar aqui as minhas opiniões e quem sabe a própria lerá estas linhas.

Há neste momento muitos livros por essas livrarias fora, e bons, mas vou comentar alguns que raramente se vêem em montras ou prateleiras das livrarias.

Nesse blog a minha resposta foi Pearl Buck, Steinbeck, Leon Uris e o incontornável Eça.

Vamos trocar por miúdos; Pearl Buck, prémio Nobel em 1961,conhecedora da vida na China. Muitos dos seus livros são acontecimentos e relatos de vidas de lá. O primeiro que li foi “ Há sempre um amanhã” e apetecia-me obrigar toda a gente a lê-lo. Já foi relido mais que uma vez . É entranhável. Todos os outros (e são muitos) também são super aconselhados.

Steinbeck e as Vinhas da ira ou A leste do paraíso são incontornáveis, assim como o resto dos seus livros.

Leon Uris, e aqui tenho que confessar que há dois que me fascinaram, Mila 18 e Exodus. Quem gostar da época e dos acontecimentos da 2º Guerra Mundial vai adorar. O Haj também vale a pena, mas dos outros não fiquei fãn.

Por outro lado, há brasileiros fascinantes, Jorge Amado “Capitães de Areia”, Erico Verissimo “Olhai os lírios do campo”, ou José Mauro de Vasconcelos. Desafio quem quiser a não derramar lágrimas a sério ao ler “O meu pé de laranja lima” ou “Vamos aquecer o sol” Tenho um sobrinho que disse não querer que eu lhe emprestasse mais algum livro porque tinha chorado baba e ranho com o segundo.

Este é o meu contributo para sugestões de leitura. Mais adiante escreverei sobre outros. Aproveitem e leiam bem.

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25 Jan, 2019

As histórias

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As histórias

Para quem procura livros, duas sugestões;

“Pensei que o meu pai era Deus”  Paul Auster

“Histórias de vidas”  Antena 1

Paul Auster foi convidado a colaborar num programa de rádio. A sua participação consistiria em contar histórias. Pensando em dizer “não”, por ter outras ocupações e sentir que não tinha tempo para tal empreendimento, a sua mulher deu-lhe uma sugestão. Em vez de ser ele a inventar histórias, porque não convidar os ouvintes a enviarem-lhe as suas próprias histórias? As melhores seriam lidas no programa de rádio. Paul Auster aceitou a sugestão, e as histórias surgiram em tal número que como consequência, acabaram muitas delas a serem publicadas em livro. Este livro!

Cá em Portugal, e com conhecimento prévio do programa de Auster nos EUA, criou-se um programa na Antena 1, que Miguel Guilherme e Nuno Artur Silva apresentavam. Tal como na América, também em Portugal as historias choveram, e levaram também à edição em livro.

São histórias curtas, concretas e reais, histórias cómicas, dramáticas e surpreendentes, tal como a vida é.

Porque toda a gente tem uma história para contar.

 

17 Jan, 2019

Compra de livros

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Minha gente!

Atenção às compras de livros. Proibido preços de editor. A não ser que necessitem de comprar naquele dia, naquela altura, aquele livro especifico, por exemplo quando é para oferecer.

Os grandes hipers , volta e meia, têm livros com descontos de 40 e 50%. È só ter paciência e ir espreitando de vez em quando. De certeza que uma dessas vezes vão encontrar aquele escritor que gostam muito, ou descobrir um que não conhecem mas que já ouviram falar, e assim conhecem a sua obra a um preço apetecível.

Ontem comprei um livro, de uma escritora que gosto muito, Joanne Harris com 50%. Até Gabriel Garcia Marques estava lá em saldos.

Outra hipótese é pouparem um poucochinho todos os meses, e vão ver o que isso rende na Feira do livro. Mas não é chegar lá e comprarem à doida. Só vale a pena os livros com desconto desse dia, ou a compra de 4 pelo preço de 3, ou os alfarrabistas, com livros a 5 €, de todas as qualidades e feitios, velhinhos e novos ou quase novos.

Quanto aos cartões das grandes livrarias, um custa dinheiro e só comprando muito é que compensa, o outro não cobram e por vezes também tem bons descontos.

Quando se gosta de livros, temos que aprender a não ir à falência na adquisição dos mesmos. Há muito tempo, anos, que não compro livros a preço de editor.

Talvez não seja novidade para muitos, mas espero ter dado uma ajuda a alguns.

 

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Já leio há muitos anos,bom alguns (não sou nenhum dinossauro). O meu primeiro livro de gente grande foi "Os fidalgos da casa mourisca" talvez com 14 anos. Depois de ter lido tudo dos 5 dos 7,e dos vários colégios da Enid Blyton, apaixonei-me pelo meu 1º clássico. Sempre fugi dos contemporâneos, na altura não me lembro se tentei ler algum que não tivesse conseguido, mas fiquei com uma ideia chata dos novos escritores e fugia deles. Por outro lado amei ,e amo, o mais que querido Eça, o queridissimo Julinho (Júlio Dinis), ou o amigo Camilo. Os Maias foram relidos creio que pelo menos 3 vezes. É impossivel esquecer aquelas personagens. A 1º vez que o li foi de livre e espontânea vontade, porque não o dei no liceu, e ninguém entendia o porque da minha paixão, porque de uma maneira geral todos detestaram por terem sido obrigados a ler. Até o "Amor de perdição"  foi uma agradável surpresa para mim, uma vez que aquilo que conhecia da obra, limitava-se aos filmes que eram um bocadinho entediantes. Depois descobri Miguel de Sousa Tavares. O Equador fez-me acreditar nos nossos outra vez. Até fãn fiquei da Luisa Castel Branco, o seu 1º livro "Alma" é realmente surpreendente. E aí definitivamente reconciliei-me com os nossos escritores portugueses. José Rodrigues dos Santos dá-nos informação preciosa em quase todos os seus livros. E ainda viajamos de graça ao Portugal do inicio do séc. 20, como com" A filha do capitão" ou "A vida num sopro". Entretanto tenho dado uma oportunidade também aos mais novos, Afonso Cruz, João Tordo, José Luis Peixoto e a outros não tão novos como Alice Vieira, José Jorge Letria, Mia Couto, leiam "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" é de uma emotividade que não consigo explicar. Arranjarei tempo para escrever mais sobre outros amigos também.