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livrosquesãoamigos

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28 Fev, 2019

Já não sei nada!

Assusto-me porque leio muito e agora assusto-me porque leio pouco, já não tenho idade para estas inseguranças. Aderi à blogosfera em Dezembro de 2018, depois de o ter feito há 6 anos atrás, e de ter abandonado. Peguei novamente porque achei muito triste escrever só para mim, e tenho andado a tentar adaptar-me, porque, assim como escrevi nos meus primeiros posts, não gosto das novas tecnologias, adoro ler em papel e não tinha necessidade nenhuma disto. Mas é um mal que vem por bem, portanto.... E agora é que são elas, perco-me neste mundo, procuro conhecer outros blogs, outras opiniões, outros tipos de escrita e adoro, não resisto a comentar tudo o que me diz alguma coisa e isso ocupa tempo, muito tempo, porque uma pessoa perde-se em tanta e boa matéria. Mas, no entretanto estou a ocupar tempo que gastava a ler. Tenho livros e livros em lista de espera, não dou vazão aos que compro, não consigo ler ao mesmo ritmo, porque pego no computador e isto e mais aquilo, o tempo voa e não pego no livro. Tenho que marcar o tempo passado nisto, pôr um limite, porque a verdade é que sinto falta do sossego de estar com o meu amigo silencioso, aquele que pego e leio à minha velocidade, em que posso tirar os olhos das letras quando quero e entendo e voltar  quando quero e entendo sem ter que reiniciar nada,e quando é em completo silêncio é melhor ainda. Bolas tenho mesmo saudades, vou ler! vou até Constantinopla com o José Rodrigues dos Santos.

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Ultimamente, ouve-se falar muito do fim dos livros. Que estamos a caminhar para um cataclismo literário. Não será um contra-senso? Nunca se editaram tantos livros como agora ( bons e maus), parecem coelhos a sair das tocas. No meu tempo (uau), para comprar um livro, para além do poder de compra ser reduzido, não tinha muito por onde escolher, foram a colecção "Dois Mundos" e o Circulo de Leitores que me valeram.Agora é ficar baralhada com tanta oferta, não fosse eu pessoa de já saber o que quero e do que gosto.Dizem que as livrarias fecham, sim é verdade, as pequenas, aquelas que são engulidas pelas grandes casas e superfícies, por não conseguirem acompanhar os preços que podem ser praticados nestas últimas.É verdade que não conheço muitas pessoas que leiam, pelo menos como eu, ( por isso agradeço estes blogs) mas fico realmente confusa com a ideia generalizada da queda dos amigos livros. Não será por mim, mas pela gente do futuro, que nem quero imaginar tal cenário.

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Ok. Estou a pensar como hei-de explicar-me sem que me crucifiquem. Sou uma leitora compulsiva, desde muito cedo necessito ler, quando estou uns dias sem o poder fazer, fico a ressacar. já li mais de 30 livros / ano, agora sem tanta disponibilidade, em 2018 li 18 livros, um dos anos em que li menos. Posto isto, vou ao que me levou a escrever este pedido de ajuda. Ultimamente tenho me assustado um pouco com os meus pensamentos. Será a leitura uma espécie de alienação? Como aquilo que vejo com as novas tecnologias e que me irrita solenemente? Será que os livros são uma desculpa para fugirmos do nosso dia a dia? Qual a necessidade de mergulharmos em histórias que não são as nossas? Claro que precisamos de saber da vida dos outros, claro que gostamos de histórias piores ou melhores que as nossas próprias, mas acharmos que temos que ler aquele número de livros quase que por impossição nossa, é um pouco bizarro. A minha vida é bastante preechida, com família e um trabalho para gerir, não vivo sózinha e não estou isolada,e assim calculo que seja a vida da maioria dos leitores. Então porque esta necessidade de entrar em folhas cheias de letras e o porquê de isso nos dar tanto prazer? Respondam por favor. Ajudem-me a desvendar este mistério!

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06 Fev, 2019

O que li e o que vi

        Acabei de ler "Uma noite de Inverno" de Simon Sebag Montefiore. E, pronto, foi mais uma viagem que fiz, desta vez a Moscovo numa época que me desperta sempre imensa curiosidade,1945. Deixo um pouco da sinopse: Enquanto Estaline celebra vitória sobre Hitler, ouvem-se tiros ao longe. Numa ponte da cidade são encontrados os corpos sem vida de dois adolescentes. Os dois eram filhos de líderes do Kremlin,estudavam numa escola de elite,eram modelos de virtude.

Protagonizado por algumas das mais marcantes figuras históricas do século xx, é uma viagem única aos meandros da vida privada da elite soviética da época.

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Ontem vi um filme. Normalmente quando se vê um filme, já não vale a pena lêr o livro, e quando se lê o livro raramente vale a pena vêr o filme, que é sempre muito mais pobre. Neste caso, vi o filme e adorei, mas fiquei com pena de não ter lido o livro antes, a história teria sido mais rica e o filme não teria decepcionado. Estou a falar da "Sociedade literária da tarte da casca de batata". Livros , paisagens e cenários, uma conjunção de coisas bonitas, que tornam a obra digna de se ver num ecrã, apesar de achar que no papel deve resultar igualmente bem, uma vez que a nossa imaginação poderá voar à vontade. Para além da vontade que nos fica de umas férias na ilha de Guernsey.

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                 Vamos continuar a tentar ser felizes com as pequenas e simples coisas da vida.