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livrosquesãoamigos

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"Que pena ela não se chamar Maria" de Maria Regina Louro. 

Um livro muito bem escrito, mas muito desaustinado. Começa com aquilo que parece ser um enredo interessante, e depois é a coisa mais maluca que já li. Não deixou de ser curioso, e não me arrependi de o ter lido.

"A impostora" de Margaret Atwood.

Forte, 3 mulheres distintas, mas fortes. E a força que uma outra mulher pode ter sobre  elas.  Aconselho.

"A livraria dos finais felizes"  de Katarina Bivald.

É um livro com livros, por isso já vale a pena. É um livro para distrair, fofinho e doce. Óptimo para ler com a manta no Inverno.

O que vi.

Desculpem os fãs de "La casa de papel", mas fui até ao 7º episódio e pensei, de certeza que não tenho nada melhor para ver?. Não convenceu, se não tivesse mais nada, talvez...mas havendo outras hipóteses, não. Tem incongruências, ou seja falhas que descredibilizam o que vemos, e não tenho muita paciência para isso.

No entanto a série "Unbelievable" também na Netflix, 8 episódios, ganhou aos pontos. Os crimes de violação são abordados com a personagem de uma jovem, e com aquilo em que se transformou a vida dela, depois da denuncia. 

O pouco tempo que tenho, não me deixou ver mais nada, mas vem aí o Inverno, e espero compensar.

06 Set, 2019

O livro da Márcia

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O livro na Bertrand do Fórum Almada.

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O livro na minha casa.

 

"Voar no quarto escuro"

Tenho o imenso prazer de informar que adorei o livro da Márcia.

Cheguei a casa já tarde, e peguei no livro só para espreitar, já não larguei, à 1 da manhã fui obrigada a desistir, os olhos já não conseguiam estar abertos.

Excelente escrita, bem trabalhadas personagens, e uma óptima ligação entre elas, o que faz que estejamos sempre dentro e queiramos mais. O tema é quente, são as mulheres as protagonistas, e são o reflexo da realidade, não da melhor, mas da possível.

Só posso dar os parabéns à Márcia, tendo a certeza do orgulho que deve de encher-lhe a alma.

Conhecem a Márcia?  Façam favor

https://planetamarcia.blogs.sapo.pt/voar-no-quarto-escuro-finalmente-nas-747920

 

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A doçura de Mia Couto é extravasante.

Todas as letras são suaves, todas as palavras como que murmuradas, em vez de escritas.

Já tinha lido "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" e ficado presa da sua escrita, das suas histórias, das suas amendoadas histórias.

"Na berma de nenhuma estrada" é um livro de contos, bem pequeninos, alguns deles com o seu quê de magia.

Atentem bem nestes inícios de alguns deles:

_ Era uma vez o menino, tão minimozito que todos os seus dedos eram mindinhos. Dito assim, fino modo, ele, quando nasceu, nem foi dado à luz mas a uma simples fresta de claridade.

_Diamantinha chorava tão bem que as pessoas vinham de longe e lhe pediam- chora por mim, Diamantinha.

_Estou aqui no sopé da estrada, à espera que alguém me leve. Um qualquer, tanto faz. Basta que passe e me leve. É meu sonho antigo: sair deste despovoado, alcançar o longe.

Ou este final:

_ Debruçando-se sobre a cadeira do marido, Lucinha beija-lhe longamente a testa. Tão longamente que ele adormece, se afundando no rio do tempo, mais denso que a própria vida.