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livrosquesãoamigos

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23 Abr, 2020

Dia do amigo livro

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Que dizer de um velho amigo, dos melhores que podemos encontrar, que nunca se zanga, quando muito somos nós que nos zangamos com ele. É das melhores companhias, é silencioso e conta -nos histórias, ou ensina-nos coisas que não sabíamos. Faz -nos rir, outras vezes chorar, e outras ainda faz -nos indignar com o que nos conta.Mas é sempre com prazer que nos abeiramos de um, e é sempre com expectativa que o abrimos e o descobrimos. É dos melhores!

21 Abr, 2020

Quem é escritor?

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A pedido do nosso amigo e vizinho  José  vou tentar dar a minha opinião (adoro opinar) sobre se quem escreve na blogosfera poderá ser chamado de escritor. Mas antes vou-me fazer de parva, e armar-me em esperta (?) para tentar explicar o que eu entendo por escritor.

Para se ter o epíteto de escritor, terá que se saber escrever (certo?), isto apesar de algumas pessoas que não sabem sequer escrever, serem autores de quadras e poemas conhecidos pelo público e até publicados, sendo considerados escritores ou talvez "faladores de bonitas palavras".

Mas, debruçando-nos sobre os que sabem escrever...terão que saber juntar palavras de maneira a fazerem sentido, e a seguir formar frases que signifiquem alguma coisa. Saber utilizar as tais palavras será essencial. Mas, será que um escritor também poderá ser feito de ideias, de simples vontade de escrever histórias em papel, sem ter o supra-cuidado de saber pôr substantivos, verbos e pronomes no sítio certo? Será necessário um diccionário para utilizar as palavras dos ricos em vez de utilizar as do povo? Não me parece. Mas, sem dúvida, creio que tem que escrever material que interesse, material que as pessoas queiram ler, material que lhes ensinem o que não sabem ou que intuíam e assim dar-lhes a hipótese de dar asas à imaginação e ao mesmo tempo alargando-lhes os horizontes. Logicamente, de preferência, bem escrito.

Se só é escritor quem tem obra publicada? Também não me parece. Acredito que há muito escritor que sem ter publicado, merece o estatuto pelo que oferece a quem tem o privilégio de ler as suas folhas, os os seus cadernos por vezes perdidos em gavetas bafientas, por se sentirem intimidados com os que têm o nome nas montras das livrarias.

E agora sim...Serão os escritores de blogs, verdadeiros escritores? Não, sem dúvida que só porque se tem um blog não se é um escritor, mas temos gente que escreve tremendamente bem, isso é um facto. Para além disso, creio que a verdadeira finalidade de um blog será brincar, desabafar, partilhar...eu sei que este mundo mexe com outras coisas, mas não me apetece debruçar-me sobre isso, não têm a ver comigo.

Agora, que há escritores na blogosfera, há sim senhora, e isso também é um facto. 

Alguns já com provas dadas, com caminho andado, com pequenas obras publicadas e muito bem (eu já tenho algumas delas nas minhas estantes).

Depois temos os outros, ai os outros...! Aqueles com as gavetas bafientas cheias de obras que gritam para ver a luz do dia, esses que têm caminho para andar, mas que estão num cruzamento onde a sinalética deve de estar a baralhá-los.

O José referiu um proverbio que diz, "Para se escrever um livro é necessário ter lido mil", eu não diria tanto, afinal sabemos dos que não sabendo ler, como já referi, sabem ditar com sabedoria, só não sabem é escrevê-la.

Seja como for, e valendo a minha opinião o que vale, na proporção da opinião dos outros, quero deixar aqui a minha bênção e o meu agradecimento, a todos os que nos deixam boas palavras escritas.

 

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Mais de 1000 páginas que me ajudaram a levar o peso de uns quantos dias de confinamento. 

Há uns anos atrás, a minha filha leu "A Bíblia de barro" de Júlia Navarro E achou-o um bocado chato de ler. Uma vez que ela também é uma grande leitora ( ou era, agora com filhos...) acabei por ficar desconfiada desta autora. Agora arranjei coragem e agarrei este "Diz-me quem sou". Gostei, espionagem e a passagem pelas guerras que assolaram a Europa no século passado, foram suficientes para eu manter o interesse e o ter lido com gosto. Emoções e vidas intensas preenchem estas páginas. É mais uma autora que já entrou na lista.

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Este livro foi lido ao meu neto cá em casa muitas vezes, tantas, que ele já o sabia de côr. 

Ontem li-o novamente a ele e ao irmão, à distância e através de um ecrã. Soube tão bem...

Não estou com eles há mais de um mês.  Tenho saudades de os esborrachar com abraços e lambuzar com beijinhos. 

Quanto tempo vou ter de esperar ainda para o fazer?

 

04 Abr, 2020

O amante japonês

 

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Mais um bom livro de Isabel Allende. 

Esta escritora consegue sempre surpreender, e abordar diferentes temas, sempre com o mesmo cuidado e criatividade, a que já nos habituou.

Mistura-se nesta história, várias épocas da vida de Alma. Mas a que nos prende mais, é a sua última etapa, é a altivez e a independência de uma idosa que viveu uma vida emocionante. E à medida que a revelação dos pormenores dessa vida e dos segredos que a envolveram vai acontecendo, podemos ler coisas como; 

"Todos nascemos felizes. Ao longo do caminho a vida vai-se sujando, mas podemos limpá-la. A felicidade não é exuberante nem buliçosa, como o prazer e a alegria. É silenciosa, tranquila, suave, um estado interior de satisfação que começa por nos amarmos a nós próprios."