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- Charlotte Gray - Sebastian Faulks
Já tinha começado a ler este livro no ínicio do ano, mas deixei-o a meio. Veio o confinamento e a falta de concentração para a leitura. Como referi na altura, este livro era demasiado pacato, não me absorvia e precisei de me virar para algo mais mexido e vibrante. Retomei-o agora. Passado na 2º Guerra Mundial, e no meio da Resistência francesa só nas últimas páginas é que consegue mexer valentemente connosco.
A parte que destaco não tem a ver com a história em si, mas achei muito interessante.
Levade dissera-lhe uma vez que não existia nenhuma personalidade humana coerente. Quando se chega aos quarenta anos, já não temos no corpo nenhuma das células que tínhamos aos dezoito. Com o carácter, dizia ele, passava-se o mesmo. A memória é a única coisa que nos liga aos nossos eus anteriores; quanto ao resto, tornamo-nos uma pessoa completamente diferente em cada década aproximadamente, descartando-nos da velha pessoa, renovando-nos e continuando em frente. Não somos o que fomos, dissera-lhe ele, nem aquilo que seremos.
- Era uma vez...tu - Elizabeth Berg
Berg tem romances ternos e sábios. Retrata a vida na sua essência, a luta diária pela felicidade e o caminho até ela com todas as dificuldades que isso representa. Escreve com doçura o dia a dia dos humanos, a vida que podia ser de qualquer um de nós.
E foi um momento tão alegre. Foi um daqueles momentos de alegria acidentais: cantar no carro; alguém de quem gostamos ver-nos fazer uma patetice dessas e saber exatamente porquê e partilhar isso contigo. E eu penso que precisamos de colher estas bagas de alegria, onde quer que as encontremos, e de as colocar nos nossos grandes baldes amarelos...
Leiam muito e sejam felizes (pode não ser a ler)