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livrosquesãoamigos

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18 Dez, 2020

Natal e livros

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Livros e Natal, Natal e livros.

Se a palavra Natal está na lombada de um livro, não tem hipótese, vem para casa comigo. Foi o que aconteceu com o último que comprei. Se é bom? não sei, mas tem a palavra mágica, "O último Natal em Paris" eu depois digo se é bom.

Um livro que fale em Natal, combina com inverno,  com lareira, com sofá, com sorrisos, com solidariedade e como não, com amor. 

São livros aconchegantes, mesmo quando contam histórias tristes, como no caso das "Histórias portuguesas de Natal".

Como preciso urgentemente de aconchego, vou-me entregar ao livro, e descobrir o que tem para me dar.

Aconcheguem-se também, com ou sem livro. 

 

 

14 Dez, 2020

Livros, What else?

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  -  Charlotte Gray  -  Sebastian Faulks

Já tinha começado a ler este livro no ínicio do ano, mas deixei-o a meio. Veio o confinamento e a falta de concentração para a leitura. Como referi na altura, este livro era demasiado pacato, não me absorvia e precisei de me virar para algo mais mexido e vibrante. Retomei-o agora. Passado na 2º Guerra Mundial, e no meio da Resistência francesa só nas últimas páginas é que consegue mexer valentemente connosco. 

A parte que destaco não tem a ver com a história em si, mas achei muito interessante.

Levade dissera-lhe uma vez que não existia nenhuma personalidade humana coerente. Quando se chega aos quarenta anos, já não temos no corpo nenhuma das células que tínhamos aos dezoito. Com o carácter, dizia ele, passava-se o mesmo. A memória é a única coisa que nos liga aos nossos eus anteriores; quanto ao resto, tornamo-nos uma pessoa completamente diferente em cada década aproximadamente, descartando-nos da velha pessoa, renovando-nos e continuando em frente. Não somos o que fomos, dissera-lhe ele, nem aquilo que seremos.

 

  -  Era uma vez...tu  -  Elizabeth Berg

Berg tem romances ternos e sábios. Retrata a vida na sua essência, a luta diária pela felicidade e o caminho até ela com todas as dificuldades que isso representa. Escreve com doçura o dia a dia dos humanos, a vida que podia ser de qualquer um de nós.

E foi um momento tão alegre. Foi um daqueles momentos de alegria acidentais: cantar no carro; alguém de quem gostamos ver-nos fazer uma patetice dessas e saber exatamente porquê e partilhar isso contigo. E eu penso que precisamos de colher estas bagas de alegria, onde quer que as encontremos, e de as colocar nos nossos grandes baldes amarelos...

Leiam muito e sejam felizes (pode não ser a ler)

 

07 Dez, 2020

Kafka

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Aos 40 anos Franz Kafka (1883-1924) que nunca se casou e não tinha filhos, passeava pelo parque de Berlim quando conheceu uma menina chorando porque tinha perdido sua boneca favorita. Ela e Kafka procuraram a boneca sem sucesso.
Kafka disse-lhe para o encontrar lá no dia seguinte e eles voltariam à procura dela.
No dia seguinte, quando ainda não tinham encontrado a boneca, Kafka deu à menina uma carta "escrita" pela boneca que dizia: "Por favor, não chores. Fiz uma viagem para ver o mundo. Vou -te escrever sobre as minhas aventuras." Então começou uma história que continuou até ao fim da vida de Kafka.
Durante os seus encontros, Kafka leu as cartas da boneca cuidadosamente escritas com aventuras e conversas que a menina achava adoráveis.
Finalmente, Kafka trouxe-lhe a boneca (comprou uma) que tinha voltado a Berlim.
"não se parece nada com a minha boneca", disse a menina.
Kafka entregou-lhe outra carta em que a boneca escrevia: "as minhas viagens mudaram-me." A menina abraçou a nova boneca e trouxe toda feliz para casa.
Um ano depois, Kafka morreu.
Muitos anos depois, a menina adulta encontrou uma cartinha dentro da boneca. Na pequena carta, assinada por Kafka, estava escrito:
"Tudo o que você ama, provavelmente será perdido, mas no final o amor voltará de outra forma."
#educarpelapositiva