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livrosquesãoamigos

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26 Jun, 2023

Um erro inocente

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Dorothy Koomson  -  Um erro inocente 

Um livro que nos intriga durante mais de 400 páginas. Só nas 3 últimas, ficamos a saber a verdade.

Uma história bem contada, sobre 2 adolescentes e o que são, ou julgam ser, passados 20 anos. No fundo, poderemos considerá-lo um thriller. Acontece um crime, e apesar da justiça ter sido feita, nem tudo o que parece é.  

Sabes qual é o teu problema, Poppy?  -  disse ela  -  Queres que alguém te salve. Queres ser salva, em vez de te salvares a ti própria. E não consegues aproveitar uma boa oportunidade nem quando ela te bate à porta.

19 Jun, 2023

Angeles e Annie

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Quando o nosso alfarrabista preferido nos faz comprar mais livros!
Não que ele tenha culpa, eu é que não devia de ter lá ido!!! Quando lá vou, vou devagarinho, pé ante pé, numa de ir só espreitar e encontro estas preciosidades a 5 euros. Quem resistiria? Eu não!


Angeles Mastretta - Maridos

Eu já tinha lido "A emoção das coisas" e adorado, e este não fica atrás. Várias histórias muito boas, sobre relacionamentos, maridos, companheiros, enfim, o que é viver com eles. Esta é uma delas, pequena mas forte.

De escritório a escritório

Às nove da noite, Amalia tinha já onze horas de trabalho de parto. Estava com uma palidez de folha em branco e o cansaço deixara-a num silêncio só interrompido pela sua respiração sem rumo. Nessa altura, o marido chegou do escritório com a gravata bem posta e o cabelo em paz. Ficou a olhar para ela, pôs-lhe uma mão na cara e disse: - Nem imaginas o dia chato que tive.


Annie Ernaux - Uma paixão simples

Já tinha lido "O acontecimento", e com este confirma-se a objectividade da autora. Uma escrita directa, honesta, sem paninhos quentes ou romantismo exacerbado. Um caso, uma paixão, forte mas pragmática. Uma ténue linha entre a biografia e a ficção num romance que dura dois anos entre uma mulher mais velha e um homem casado que parece muito confortável com o pouco que lhe é pedido, e que deixa de ser suficiente para ela.

Ele tinha-me dito " não vais escrever livro nenhum sobre mim". Mas eu não escrevi sobre ele, nem sequer escrevi sobre mim. Transformei, simplesmente, em palavras  -  que ele não vai ler, sem dúvida, que não lhe são destinadas  -  aquilo que a sua existência, só por si, me trouxe. Uma espécie de dádiva invertida.

Mas, fui ao alfarrabista!

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Não fui à Feira do livro! Com muita pena minha, mas também com o orgulho de ter tomado essa decisão. No dia que poderia ir, tive uma consulta em Lisboa da qual me despachei muito depressa. Mas, estava muito calor, tinha torcido o pé 5 dias antes, se fosse à Feira não teria trazido menos de 10 livros para casa, tenho montanhas de livros por ler nas estantes, "que como alguém diz, não tenho tempo de vida para os ler".

Então achei que me tinha portado muito bem. Eis senão quando vou visitar o meu alfarrabista onde compro um livro de vez em quando, e parecia que me encontrava no recinto do Parque Eduardo VII. Só via livros que me interessavam, ou porque era aquele que eu queria, ou é da autora que eu gosto, ou ouvi falar bem deste, e perdi-me. Nem de propósito, não quiseste ir à Feira? Então, toma lá!

05 Jun, 2023

Platero e eu

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Na contra-capa;

Platero e Eu é um magnífico poema em prosa, em que Juan Ramón Jiménez descreve o ambiente e a vida da gente simples da sua pequena aldeia andaluza, e também a afeição que o une ao burrito Platero, que umas vezes lhe serve de confidente, e outras é o verdadeiro sujeito da acção.

Com uma tradução de José Bento, e magníficas ilustrações de Bernardo Marques, este é um livro que ficará para sempre no coração dos leitores.

Deixo Platero no prado alto e deito-me sob um pinheiro, cheio de pássaros que não levantam voo, a ler Omar Khayyam. De vez em quando Platero deixa de comer, e fita-me...Eu, de vez em quando, deixo de ler e fito Platero...