A praia das pétalas de rosa
Confesso que apesar de ter um bom enredo e ser uma boa história, tive um pouco de dificuldade e senti um pouco de relutância em levá-lo até ao fim. Mas, só nas últimas páginas é que sabemos quem foi o culpado, por isso não larguei, para além de que não gosto de deixar livros a meio. Talvez tenha sido o meu estado de espírito que não estava para lá virado, porque tem muita agitação, intrigas e exemplos de vida muito válidos.
E assim começa;
É aqui que a minha vida começa.
Não há trinta e seis anos num hospital de Londres. Não há dezasete anos quando deixei a casa dos meus pais para viver sozinha num estúdio alugado, jeitoso mas compacto. Não há catorze anos quando me mudei para Brighton. Não há doze, quando me casei. Nem sequer há nove anos quando tive a minha primeira filha, nem há sete quando tive a segunda. A minha vida começa agora. Com dois corpulentos agentes da polícia fardados e uma agente esguia e à paisana na minha sala de estar, prestes a levar o meu marido.