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livrosquesãoamigos

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15 Mar, 2021

O meu D. Quijote

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Caixinha de surpresas e histórias andantes e ardentes de belas e encantadoras donzelas e seus pretendentes. Tudo isto temperado com as venturosas aventuras do cavaleiro D. Quijote, cada uma melhor do que a outra, e com o inenarrável escudeiro Sancho.

Grande Cervantes, grande e fértil imaginação a deste homem para poder preencher tantas páginas deste aventuroso livro cheio de humor, contendas, amores e desamores, e mal-entendidos que desembocam em maravilhosas e pitorescas cenas e acontecimentos.

Muitas destas páginas, foram lidas com um sorriso nos lábios e o coração nas mãos. Não vou dizer que foi uma leitura fácil, a escrita é daquelas que para dizer uma frase estica-se por uma página inteira. 

A edição em português seria ligeiramente mais fácil, tendo os dois deu para comparar, mas o salero da edição espanhola, foi irresistível.

Deixo-vos uns trechos para saborearem:

Quando Sancho Pança se pergunta o que levou a donzela a apaixonar-se por D.Quijote.

Que eu, verdade, verdade, muitas vezes paro a mirar Vossa Mercê desde a ponta do pé até ao último cabelo da cabeça, e vejo mais coisas para espantar do que para enamorar; e tendo eu ouvido dizer também, que a formosura é a primeira e princípal prenda que enamora, não tendo Vossa Mercê nenhuma, não sei de que foi que se enamorou a coitada.

A liberdade segundo D. Quijote.

A liberdade Sancho, é um dos dons mais preciosos que aos homens deram os céus, não se lhe podem igualar os tesouros que há na terra, nem os que o mar encobre: pela liberdade, da mesma forma que pela honra, se deve arriscar a vida, e pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pode acudir aos homens.

Onde D. Quijote assegura que sabe guardar um segredo.

Assim o juro, e ponho-lhe uma pedra em cima, para mais segurança, porque quero que Vossa Mercê saiba, senhor D. António, que está falando com quem, apesar de ter ouvidos para ouvir, não tem lingua para falar; portanto, pode com segurança, trasladar o que tem no seu peito para o meu, e fazer de conta que o arrojou aos abismos do silêncio.

 

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