João Tordo, um escritor que descubro com admiração em cada livro. Tendo lido este, já tenho a continuação para ler a seguir. João Tordo tem uma angústia inteligente na sua obra, que nos agarra e prende às suas palavras. Partilha um sofrimento que todos os seus leitores reconhecem de alguma etapa da sua vida. Ainda não li muitos dos seus livros, por enquanto é esta a minha opinião, mas tenho muita curiosidade em ler mais, muitos mais, porque a sua obra já é longa.
Este livro acompanhou-me na minha adolescência. Foi lido e relido com muito carinho. Foi oferecido em aniversários de amigas, e emprestado quase à força, tal a vontade que eu tinha que todos o lessem. Mas, a paixão por livros não se obriga, nasce naturalmente. Tenho todos os livros de Pearl Buck editados em Portugal, o primeiro que li foi " A flor oculta", este foi o segundo e tocou-me profundamente. Apesar de não ser cor de rosa, tem doçura, tem alma, tem vida e tem esperança. Acompanhamo (...)
Isabela Figueiredo A Gorda Este livro traz-nos a força, a resiliência e a vontade de Maria Luisa. E ao mesmo tempo o sim e o não da existência do ser humano. É um relato muito real, está dentro dos parâmetros de vida de tantas pessoas pelas que passamos diariamente, e que procuram algo mais palpável do que aquilo que têm. Um texto que nos vai prendendo enquanto acompanhamos Maria Luísa pelas emoções e erosões do que é viver. Estou só como no dia anterior àquele em que (...)
Ontem foi dia do Leitor. O dia de todos os que lêem, mas será de todos os que lêem o jornal ou a revista, ou será só dos que lêem livros? Boa pergunta, não é? Ler é das melhores invenções de que o homem foi capaz. Como viajaríamos, ou teríamos a informação que temos sem a leitura? É bom não ter que imaginar como seria. O dia dos leitores é todos os dias, mas é bom ter um lembre-te. Pode ser que outros se interessem por saber o que isso é.
Dorothy Koomson - Um erro inocente Um livro que nos intriga durante mais de 400 páginas. Só nas 3 últimas, ficamos a saber a verdade. Uma história bem contada, sobre 2 adolescentes e o que são, ou julgam ser, passados 20 anos. No fundo, poderemos considerá-lo um thriller. Acontece um crime, e apesar da justiça ter sido feita, nem tudo o que parece é. Sabes qual é o teu problema, Poppy? - disse ela - Queres que alguém te salve. Queres ser salva, em vez de te (...)
Quando alguém fala de um livro que sabemos ter algures, no meio de tantos espalhados pelas estantes, é como se fossemos à procura do tesouro, e acabamos por encontrar vários que nos chamam a atenção por este ou por aquele motivo. Conclusão, tiramo-los dos seus cantinhos e passam a fazer parte dos próximos a ser lidos. Quando?, ainda não sabemos, mas a esperança é a última a morrer. A vantagem é serem dos magrinhos o que lhes pode dar alguma prioridade!
Que coisa espantosa é um livro. É um objeto achatado feito a partir de uma árvore, com partes flexíveis em que são impressos montes de rabiscos escuros engraçados. Mas basta um olhar para ele e você está dentro da mente de outra pessoa, talvez alguém morto há milhares de anos. Através dos milênios, um autor está falando claramente e em silêncio dentro de sua cabeça, diretamente para você. A escrita é talvez a maior das invenções humanas, unindo pessoas que nunca se (...)
Não poderia deixar de trazer "libros" do nosso país vizinho. Foi uma exigência que fiz aos nossos amigos, levem-me a uma livraria, se faz favor. Em Oviedo, levaram-me até à Libraria Cervantes, e aí dei asas ao vício. Fui na ideia de comprar "El infinito en un junco" de Irene Vallejo, e como seria possível não trazer mais alguns??? Estou a ler "Las herederas" de Aixa de la Cruz. A morte da avó, que abriu as veias na banheira, junta as 4 netas na casa que é herança das quatro. (...)
A leitura é uma mansão com múltiplas janelas. Quem é curioso e se atreve a assomar-se a todas elas para observar com calma, conseguirá uma aprendizagem para a vida que não deixa marcas de dor, mas sim marcas de conhecimento. VALERIA SABATER (Espanha, Psicóloga e Escritora) Pintura: Rob Gonsalves (Canadá, 1959- )