33 Cartas de Montmartre Nicolas Barreau Um livro que nos diz que o amor pode continuar após a morte dos que amamos, mas que será necessário continuar a viver com os que que continuam a fazer parte da vida. Ao mesmo tempo, as partidas que fazem acordar e perceber que há algo mais, que a vida continua a acontecer. Poderia ser um livro triste, mas considero-o um livro fofo, cheio de amor e carinho.
"Eu li num livro Estava escrito nas entrelinhas Que um erro pode ser consertado E que uma pessoa não deve ser julgada apenas pelo seu passado Eu li num livro Que a esperança é a ultima que morre Que o covarde é o primeiro que corre E que um sonho as vezes é só um sonho Estava escrito em cada linha Que as vezes a culpa não é sua nem minha Que uma pessoa pode até viver sozinha Mas sempre vai precisar de alguém em seu coração Eu (...)
O QUE É UM LIVRO? Um conjunto de pequenos signos. Nada mais. É ao leitor que cabe decifrar as formas, as cores, e os sentimentos de cada signo. Direi, se o preferirdes, que cada palavra de um livro é como um dedo misterioso, que toca uma fibra especifica do nosso cérebro, como se fosse uma corda de uma harpa, fazendo ressoar uma nota na nossa alma sonora. Em vão a mão do escritor será inspiradora e sábia. O som dependerá das nossas cordas internas. ANATOLE FRANCE (escritor, (...)
- Charlotte Gray - Sebastian Faulks Já tinha começado a ler este livro no ínicio do ano, mas deixei-o a meio. Veio o confinamento e a falta de concentração para a leitura. Como referi na altura, este livro era demasiado pacato, não me absorvia e precisei de me virar para algo mais mexido e vibrante. Retomei-o agora. Passado na 2º Guerra Mundial, e no meio da Resistência francesa só nas últimas páginas é que consegue mexer valentemente connosco. A parte que destaco (...)
A doçura de Mia Couto é extravasante. Todas as letras são suaves, todas as palavras como que murmuradas, em vez de escritas. Já tinha lido "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" e ficado presa da sua escrita, das suas histórias, das suas amendoadas histórias. "Na berma de nenhuma estrada" é um livro de contos, bem pequeninos, alguns deles com o seu quê de magia. Atentem bem nestes inícios de alguns deles: _ Era uma vez o menino, tão minimozito que todos os seus dedos eram (...)